O QUE SERÁ DO AMANHÃ?
Nós, as pessoas do povo, em todos os quadrantes desse planeta somos as presas cobiçadas dos predadores, filhos de regimes e de imperialismos devastadores. Enquanto em nossas terras se comemoram as inescrupulosas vitórias de doutrinas arcaicas, no outro lado do mundo milhares de pessoas são imoladas para o enriquecimento de raças expansionistas.
Nestes tempos de esperança de justiça, quando se aguardavam resultados condenatórios aos mafiosos surrupiadores da verba pública, tudo começa a rolar pelo esgoto.
Aqui, nas terras do "Cavaleiro da Esperança", os filhos do "Fórum de São Paulo", realizaram uma grande festa. Foi uma festa de arromba. Comemorava-se o “niver” do PT. Mas não era só isso, não. Eles comemoravam outras conquistas e outros engodos. Compareceram os éticos, os amorais, os condenados e os perdoados. Tinha “presidente”, ministro, senador, deputado e até alguns réus de CPIs. Estava todo mundo lá. Fecharam a Avenida Paulista. Até o Ministro da Defesa, aquele que não gosta e não entende de vida militar, integrante de outro partido, de outra religião, estava lá aplaudindo emocionado.
É, acreditem, parecia aquelas festas de chefe de tráfico de morro, com muito pagode, cerveja e fritura. Teve discurso de declaração de amor e de perdão. O convite custava de duzentinhos a cinco mil reais. Festa da família vermelha. Mas coisinha simples. Só para os íntimos. Gastaram mais ou menos cem mil reais. Barato, não é? Houve muito comedimento e controle nos gastos. Eles têm experiência no trato com recursos não contabilizados e na coordenação de eventos de campanhas. Os militantes -aqueles que bancaram eleições bilionárias- ajudaram a pagar as pequenas despesas com os comes e bebes. Só não pagou, o “rei da amnésia” –aquele que parou de beber e mandou construir um bar no seu avião de califa. A festa foi um arraso. E,acredite, tinha gente aqui fora pensando que ele estava morto. Que tinha se afogado na bebida e nos juros. Foi uma festa repleta de esperanças nas futuras conquistas. O defunto se levantou como Lázaro e já está dando de mão no jogo das pesquisas. Mas essas coisas tristes não ocorrem só aqui no Brasil. Pairam nuvens negras (ou vermelhas) no horizonte. Uma grande borrasca política se anuncia, não só para o Brasil, mas também para o mundo cristão e muçulmano.
Os “deuses” colorados transplantaram em terras férteis, do mundo da miséria, mudas de revoltas de um socialismo híbrido e agora almejam, em breve, iniciar a colheita. Não está tudo azul, aqui na América do Sul: há Chaves, Lulas e Morales, mas, em compensação, não está tudo forte lá na América do Norte. Há um falso estado de equilíbrio neste jogo do poder, que a qualquer momento poderá pender para um dos lados. Então será o caos.
As garras da águia do “Tio Sam” estão ocupadas em caçar presas que bóiam nas águas turvas do Eufrates e do Tigre, mas aqui, nas proximidades do equador, estão fazendo apenas vôos de reconhecimentos em fronteiras andinas e amazônicas e, ainda em nome de suas liberdades e de seus interesses econômicos, maculam comportamentos seculares, justificando erros de políticas regionais, permitindo-se agir como xerifes e donos do mundo, na hora que bem entenderem.
”Quem planta vento colhe tempestades”. Além da desgastante e injustificável ação nas terras de Saddam e atraindo a ira no Irã com a questão do enriquecimento do urânio (breve poderá ser com o nosso urânio), mesclada com as ações de ódio do Hamas e da incapacidade de Israel de buscar a paz na região, os irmãos do norte avançam em sua imperialista política. A violência se dissemina no planeta. A participação russa, contrariando o pensamento do quarteto de Madrid, joga vodka na fogueira desencadeada pelos cartunistas da Dinamarca. Todos estão em guerras: os laicos, os profetas... os homens do terrorismo, e Israel, com o apoio velado do Tio Sam. Nesta década, surgiram dos porões do inferno os homens-bomba e, talvez no futuro, se abortem “nações–bombas”. Neste jogo pelo poder, os homens, com o egoísmo político suplantando todos os valores e virtudes, estão a semear a revolta, o cativeiro e a subversão no mundo. Mas, mesmo assim, nesse mundo conturbado, a humanidade caminha em direção ao futuro. No entanto, só Deus sabe o que será do amanhã.
Erildo Lemos
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