OPERAÇÃO RIO 

OPERAÇÃO RIO

Geral - Rio de Janeiro
Oito favelas permanecem ocupadas por cerca de 600 homens do Exército, com três tanques blindados, depois que sete homens roubaram 10 fuzis calibre 7.62 e uma pistola do Quartel de Estabelecimento Central de Transportes (ECT) da corporação, em São Cristóvão, sexta-feira. Um ex-cabo, que mora próximo ao Complexo do Alemão e serviu na unidade, é suspeito de participação no crime.

O Exército conta com o apoio de aproximadamente 150 PMs. Até o início da noite deste sábado, nenhum fuzil havia sido recuperado. As favelas ocupadas são: Fazendinha, Grota e Nova Brasília, no Complexo do Alemão; Manguinhos, Jacarezinho, Vila do João e Vila dos Pinheiros, do Complexo da Maré.
Há denúncias de que os fuzis teriam sido roubados por traficantes do Comando Vermelho (CV). Apenas as favelas do Complexo da Maré não pertencem à facção - elas são ligadas ao grupo Amigos dos Amigos (ADA).
Os militares, que têm ordem de ficar nas favelas até que o armamento seja encontrado, estão revistando pedestres e veículos suspeitos. Houve até negociação entre o comandante da Polícia do Exército, identificado como coronel Silva, e traficantes do Complexo do Alemão.
Na noite da última sexta-feira, uma equipe do telejornal SBT Brasil registrou o momento em que o comandante pede a bandidos, pelo rádio, que devolvam o armamento.
Já em Manguinhos, os soldados estão na estação de trem, de onde apenas observam as favelas ao redor. Às 13h30 deste sábado, enquanto militares utilizavam binóculos, bandidos armados saíram da Favela Nelson Mandela, a 200 metros, e roubaram motoristas na avenida Leopoldo Bulhões. Uma tenda será montada em frente ao Palácio Duque de Caxias, no centro, para servir de quartel-general da operação.
Polícia recebeu 41 denúncias

Imagens do circuito interno de TV do quartel invadido pelos bandidos já estão sendo periciadas. O Disque-Denúncia (2253-1177) recebeu até o fim da tarde de ontem 41 ligações com informações sobre o roubo. O Comando Militar do Leste (CML) admite que mais favelas podem ser tomadas pelos militares e o número de soldados pode ser aumentado de acordo com as buscas.
O assalto ao quartel do Estabelecimento Central de Transportes (ECT) do Exército começou às 3h50 de sexta-feira, quando os bandidos teriam pulado muro de mais de dois metros. Na ocasião, 10 soldados, cabo e o sargento que comandava o grupo foram acordados por disparo para o alto. Três deles tentaram reagir e foram agredidos a coronhadas.
O Exército abriu Inquérito Policial-Militar (IPM) para investigar o roubo na unidade. O IPM tem prazo de 40 dias para ficar pronto, podendo ser prorrogado por mais 20. Todos os militares que estavam de plantão no ECT na madrugada de sexta-feira tiveram que prestar depoimento.


Fonte : O Dia

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